Cidade
Ator eloiense vive personagem em nova série no Globoplay e Canal Brasil

Michel Pereira, natural de Elói Mendes, faz novo personagem na nova série Chuva Negra, que é exibida desde o dia 24 de março no Globoplay e Canal Brasil.
Em entrevista ao Café Mutuca, o ator conta como é dar vida ao Duda, seu personagem que segue uma filosofia de vida naturista.


Chuva Negra é uma série de suspense dramático que traz como protagonista uma pessoa com síndrome de Down. O tema central são as novas relações familiares e uma trama que acompanha histórias de diferentes famílias. Inclusão e diversidade são pontos muito importantes que estão presentes na produção de Chuva Negra.
Michel filho de Rose a do sô Lálá e filho do Romildo, o do lanches conta que passou sua infância e adolescência na terra do mutuca. Ele se formou na São Luiz mas diz que nunca foi um bom aluno, tanto que repetiu duas vezes a sétima série, e o que lhe assustava era ter que escolher uma faculdade e uma profissão com apenas 17 anos.
Contudo, foi no último ano da escola que sua vida teve uma virada de chave. No meio do ano ele viajou a São Paulo para fazer um curso de férias que se tratava de uma oficina para iniciantes em teatro. Conversando conosco, ele disse que ao ver pela primeira vez uma montagem teatral ficou em êxtase, e foi nesse momento que ele decidiu ser ator.
Depois dessa experiência, ele voltou das férias para Elói Mendes e quando terminou o ensino médio retornou para São Paulo. Desde então já são 10 anos dessa história e hoje ele cursa Escola de Arte Dramática na USP com auxílio de bolsa moradia e alimentação.
Com 28 anos, Michel já teve vários trabalhos realizados. Além de ter feito muitos trabalhos com publicidade, em 2014 teve sua primeira passagem na Globo com o concurso Garoto Boogie Oogie, em que foi finalista. Também já atuou em peças, curtas em cinema, e agora o seu mais recente trabalho está disponível em streaming. Leia nossa entrevista com Michel Pereira sobre seu papel em Chuva Negra abaixo:


Café Mutuca: Na sexta-feira (24/03/23) aconteceu a estreia da série Chuva Negra no Canal Brasil e no Globoplay, uma série que traz inclusão e representatividade. Como é para você fazer parte do elenco?
Michel Pereira: Fico muito feliz em fazer parte de um elenco tão diverso. Estamos em um momento de mudança. E é no mundo todo. É preciso dizer Não a certas normalidades que nos foram impostas até hoje, saber olhar para o diferente, para o outro e ter o respeito com esse outro assim como desejamos que nos respeitem. Parafraseando Angela Davis “Não basta não ser racista. É preciso ser antirracista”. Precisamos, nós também participar da mudança, ativamente. Em 2020, durante a pandemia, tentei trazer a temática do racismo a tona na cidade com uma performance de terrorismo poético.
Comprei dez volumes do Pequeno Manual Antirracista de Djamila Ribeiro, coloquei em um simulacro de bomba junto a um pedido a prefeitura que adquirissem mais volumes e distribuissem os livros a população. Se deu em alguma coisa eu não sei.
CM: Você interpreta o personagem Duda. Pode contar um pouco como é a história dele?
Michel: Duda é um Naturista. Vive em uma ecovila. A filosofia de vida dos naturistas está mais próxima a dos indígenas do que a de uma sociedade “civilizada”. Me refiro por civilizada tudo o que nos foi condicionado e normalizado hoje e que é muito agressivo ao planeta. Em tudo o que o homem toca, ele destrói. A filosofia naturista é a de que a terra não nos pertence, mas nós pertencemos a terra e por isso ela nos alimenta, é o nosso bem mais sagrado. Por isso a cuidamos. E cuidamos do próximo, da dor do próximo.
O consumo de carne por exemplo, não é bem-vindo, já que isso é causador de muito sofrimento. E há também a relação das plantas medicinais de poder de cura. Na série, Duda apresenta o chá da revelação (Ayahuasca) para Nancy (Júlia Lemmertz) que toma e decide com urgência voltar pra casa depois de uma alucinação que a iluminou. Mas as cenas mais complicadas, foram as de nudez completa. Porque tem isso também: os naturistas vivem boa parte do tempo nus, em situações cotidianas.
CM: Pode contar um pouco como é esse processo de teste de elencos das séries? Você foi convidado a fazer? E como que são os testes?
Michel: Normalmente as atrizes e atores fazem parte de uma agência, que é por onde surgem os testes de elenco. Daí você é chamado pela agência que por sua vez recebe o chamado de uma produtora de elenco que esta atrás de tal perfil para determinado trabalho. Já tive trabalhos em que fiquei uns 4 meses só fazendo teste. E isso depende de muitos fatores. E estamos falando apenas da parte boa. Porque a enxurrada de Nãos que a gente recebe, não é brincadeira. Mas com Chuva Negra foi atípico.
O diretor me achou no Instagram, explicou o projeto e me chamou para o teste. Só que tem um detalhe. Isso foi em janeiro de 2020. Veio a pandemia e fomos conseguir gravar mesmo apenas no começo de 2022. E não é que eu pego covid justo nas datas de gravação. A minha sorte é que conseguimos reagendar tudo.


Além de Chuva Negra que está com a primeira temporada disponível na íntegra no Globoplay e também está sendo exibida todas as sextas-feiras no Canal Brasil a partir das 22h30, o ator já tem novos trabalhos em vista. Um deles é um curta metragem dirigido por Simon Pereira que irá percorrer festivais de cinema, e os outros dois trabalhos já tem previsão de estreia.
Para Junho deste ano está prevista uma série para a Canal brasil e noturnos de nome “A mesa” com direção de Rubens Rewald, e em 2024 será lançado o filme Passagrana que estará em cartaz nos cinemas nacionais e logo após entrará para o catálago da Star Plus.
E sobre Passagrana, Michel deixou um comentário que atiçou nossa curiosidade:
“Foi muito doido gravar esse filme. Era um assalto a banco no centro de São Paulo. E imagina a loucura. A equipe e produção por trás disso tudo é gigante.”
Com certeza divulgaremos por aqui quando o filme for estrear nos cinemas. O cinema nacional precisa ser prestigiado e os nossos atores aplaudidos por exercerem tão bem a sua arte que nos proporciona aprendizados, consciência e também lazer.
É uma honra ter um conterrâneo fazendo trabalhos tão grandes e importantes como o Michel, certamente um orgulho para Elói Mendes.
Instagram: pereirainmichel
Cultura
VIAGEM DE ELÓI MENDES À APARECIDA

Eis que aponta no fim da rua o farol,
4 horas da manhã, estrelas no céu,
Do único veículo naquele momento,
Era o tão esperado carro de aluguel.
Bom dia, bom dia, malas no bagageiro,
O dia será longo, 12 horas de viagem,
E não esqueçam essa sacola amarela,
Não pode faltar nada nessa bagagem.
Varginha ficamos a esperar o trem,
Que demorou um pouco a chegar,
Desci e encostei o ouvido na linha,
Me disseram que dava pra escutar.
Já dentro do trem e acomodado,
Virei o banco da frente para trás,
Para ficar mais bem instalado,
Sempre olhando para meus pais.
Começou o “fuk, fuk” da locomotiva,
E o “piuí” da famosa Maria Fumaça,
Agora vamos contando as estações,
De cada cidade por onde ela passa.
Flora, Três Corações e São Tomé,
Conceição do Rio Verde, Soledade,
Aí o sol já estava alto e quente,
Minha fome já virou ansiedade.
O chefe já passou com seu boné,
Picotando as nossas passagens,
Deu boas vindas para a família,
Nos desejando uma boa viagem.
Então eu perguntei pela matula,
A barriga já começava a roncar,
Mãe me deu pastel de mandioca,
Aí matei quem queria me matar.
Que horas vamos chegar no túnel?
Eu perguntava quase toda hora,
“Após Passa Quatro e Pé do Morro,
Estamos bem perto, não demora”.
“Fechem os vidros” avisa o chefe,
O túnel, era uma grande façanha,
Divisa entre Minas e São Paulo,
Passando por baixo da montanha.
Em Cruzeiro fim do primeiro trecho,
Descemos da Rede Mineira de Viação,
Esperamos o Comboio Rio/São Paulo,
Um novo Trem de Aço de alto padrão.
Cruzeiro a Aparecida uma horinha,
As 16h desembarcamos na estação,
Os “cata clientes” nos abordavam,
Mas meu pai, não era bobo não.
Já tínhamos nosso destino certo,
Era o Hotel Brasil já acostumado,
Onde Seu Alfredo era o gerente,
Já estava tudo bem combinado.
Após instalados, as novidades,
Muitas lojas com quinquilharias,
As vitrines cheias de santinhos,
Ali bem em frente à hospedaria.
Os fotógrafos “lambe-lambes”,
Mil novidades eram exibidas,
Televisão eu nunca tinha visto,
Vendo pela primeira vez na vida.
Depois fomos até à Igreja Velha,
A nova ainda não era construída,
Assistir à nossa primeira missa,
Agradecer à Senhora Aparecida.
As luzes para mim estranhas,
Com uma claridade diferente,
Uma forte iluminação branca,
As tais lâmpadas fluorescentes.
Já mais à noite, fomos ao parque,
Vimos uma coisa muito esquisita,
Mulher que tinha corpo de aranha,
Mas com uma feição muito bonita.
Visitamos a Conga, mulher Gorila,
Que me deixou muito assustado,
Quando no fim da transformação,
Escapou e veio para o meu lado.
Dia seguinte outra aventura,
Fomos de bonde até Guará,
Visitamos a gruta de Lourdes,
Onde o povo ia também rezar.
Retornamos no terceiro dia,
Eu já estava mesmo cansado,
Levando algumas recordações,
E despertadores encomendados


Cultura
BAIRROS DO MUNICÍPIO DE ELÓI MENDES

Situada no topo de uma colina,
Lá está minha pequena cidade,
ELÓI MENDES terra querida,
Sempre me deu muita felicidade.
Seu território urbano é simples,
Mas a zona rural é interessante,
Subdividida por muitos bairros,
Com nomes muito intrigantes.
Os nomes estranhos dos bairros,
Sempre me chamaram a atenção,
Tem alguns que eu até entendia,
Outros, mesmo com esforço, não.
Tem um local chamado ONÇA,
Não posso imaginar o por quê,
Havia lá umas onças pintadas?
Alguém pode me esclarecer?
BUENOS, PINTOS e PEREIRAS,
Eu posso imaginar os fatores,
Devem ter sido nomes dados,
Por seus primeiros moradores.
ÓLEOS, JARACATIÁ e PEROBAS,
São outros fáceis de entender,
Nomes de madeiras e plantas,
Que naqueles locais devem ter.
Também AÇUDE e CERÂMICA,
Muito fácil de ser explicado,
Coisas feitas pelos homens,
Que ali estavam instalados.
BARRA, bairro muito popular,
Ricos fazendeiros habitam ali,
Gente que gosta de trabalhar,
Junção dos rios Verde e Sapucaí.
SALTO é um bairro pequeno,
E me trás muitas lembranças,
Ali nadávamos e pescávamos,
Nos bons tempos de criança.
Deve o nome a uma cachoeira,
Que no passado ali existiu,
Depois um dia desapareceu,
Com o represamento do rio.
Com a advinda da represa,
A cachoeira foi eliminada,
Perdeu a sua exuberância,
E deixou de ser visitada.
Em alguns períodos de seca,
Ela, às vezes vem se mostrar,
Mas a chuva enche a represa,
Ela some e demora a voltar.
MORCEGO, não encontrei nada,
Mas é uma região muito querida,
Onde a vida toda frequentei,
Lá onde minha mãe foi nascida.
Nunca vi nenhum bicho por lá,
O povo de lá não é preguiçoso,
Não tem nada que justifique,
Esse codinome tão horroroso.
SERRINHA o próprio nome diz,
Formação geológica da terra,
Com muitas pedras irregulares,
Vulgarmente chamada de serra.
Alguns nomes que descobri,
Tem influência de Portugal,
MALHADA e MALHADINHA,
Minha saudosa terra natal.
Produzem vinhos e azeites,
São lugares interessantes,
Influenciaram minha terra,
Tão longínqua, tão distante.
E para minha grande surpresa,
No rótulo do vinho MALHADINHA,
Adivinhem o que eu encontrei?
O desenho de uma vaquinha.
Nasci me criei na MALHADA,
Vivi dez anos de minha vida,
MALHADA soa como música,
Por mim, jamais esquecida.
MOMBUCA palavra Tupi Guarani,
Significa tipo de abelha ou raça,
Elas não armazenam mel em favos,
Elas colocam em pequenas cabaças.
AQUENTA SOL também de Portugal,
Encontrei nos sonetos de Camões,
O Calor do Sol que a cada um cabe,
É o significado dessas expressões.
TRIUNFO a fazenda do Barão,
Até hoje ostenta o belo nome,
Lugar marcante do município,
Por ter sido do grande homem.
Antes o nome era escrito com PH,
E ainda hoje é muito respeitado,
Tamanho e peso do belo nome,
E de quem por ele fora batizado,
Significa sucesso ou grande êxito,
Tem tudo a ver com o venerado,
Que sempre foi um bom político,
E após, como Barão condecorado.
POCINHO é um bairro novo,
Fica bem pertinho da cidade,
Deve ter sido um temporal,
Que nomeou tal localidade.
SÃO DOMINGOS outra incógnita,
Não sei por quê é chamado assim,
O Santo tem origem europeia,
Isso é tudo que eu descobri.
CÓRREGO RICO origem portuguesa,
Tem tudo a ver com o nosso ouro,
Que n’algum córrego encontrado,
Daqui depois, levavam o tesouro.
COBERTORES não faço ideia,
De onde esse nome surgiu,
Mas o bairro ainda lá existe,
Próximo do encontro dos rios.
CAPETINGA é palavra indígena,
“Capim branco” é o significado,
Provavelmente lá existe muito,
E por isso, esse nome foi dado.
CAFUNDÓ esse nome estranho,
Significa “lá no fim do mundo”,
Na verdade não é tanto assim,
Perto do MORCEGO, bem no fundo.
PINDAÍBAS, falta de dinheiro?
Nesse caso aqui, não é não,
Trata-se de árvore frutífera,
Nome de um bairro da região.
A PINDAÍBA produz um fruto,
Muito parecido com o Araticum,
Frutifica em Março Abril e Maio,
Se um dia puder, vou comer um.
Ainda tem o Bairro da BOMBA,
O bairro das PITANGUEIRAS,
PINHÃO ROCHO no canto sul,
E a rica região dos MOREIRAS.
A BOMBA manda água pra caixa,
Dá pitangas nas PITANGUEIRAS,
PINHÃO ROXO dá muitas pinhas,
Perto da fazenda dos MOREIRAS.
SAPUCAY o rio mais caudaloso,
Pesquisando também descobri,
De onde vem esse nome estranho,
Significa GRITO em Tupi Guarani.
Fazenda do OLHO D’ÁGUA,
Nome dado a uma linda região,
Deve-se a uma grande nascente,
Que banha parte daquele chão.
Certamente esqueci alguns,
Faz 50 anos que de lá saí,
Se alguém puder me ajudar,
Manda que acrescento aqui…


Cultura
Audiência Pública em Elói Mendes vai discutir problemas com fornecimento de energia

A Câmara Municipal de Elói Mendes convida toda a população para participar de uma Audiência Pública que tratará da falta de energia elétrica na Comunidade da Barra e dos demais problemas relacionados aos serviços prestados pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) em todo o município.
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O evento acontecerá no dia 20 de fevereiro de 2025 (quinta-feira), às 16h, no Clube Municipal de Elói Mendes. A Audiência tem como objetivo ouvir a população, debater soluções e cobrar providências da concessionária de energia.
Moradores da Comunidade da Barra têm relatado frequentes quedas de energia e dificuldades no atendimento prestado pela CEMIG. Além disso, outros bairros e regiões do município também enfrentam problemas similares, afetando comércios, serviços e a qualidade de vida da população.
A presença da comunidade é fundamental para que as reivindicações sejam formalizadas e encaminhadas às autoridades competentes. Participe e ajude a buscar soluções para melhorar os serviços de energia em Elói Mendes.
Fonte: Câmara Municipal de Elói Mendes
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