Cultura
Idosos do CCI se divertem em oficina de contação de histórias na Biblioteca Pública

Uma tarde descontraída e animada, com boas gargalhadas e muita criatividade. Foi assim nesta quarta-feira (03/04) na oficina de contação de histórias na Biblioteca Pública de Varginha que contou com a participação dos atendidos pelo Centro de Convivência do Idoso (CCI).
A atividade foi coordenada pela escritora Luciane Madrid César, que distribuiu a cada um deles um fantoche. Os idosos tiveram que inventar um nome e uma voz diferente para os personagens. Logo depois, tiveram que apresentá-los para o resto da turma e, reunidos em grupos, elaboraram uma pequena peça de teatro. “Eu senti uma receptividade muito boa. O retorno foi fantástico e me surpreendeu a criação das histórias. Amei a experiência!”, destacou a escritora.
O objetivo da oficina foi trazer uma ferramenta para as vovós e vovôs a repassarem o hábito da leitura para os netos e bisnetos. Ela faz parte da programação da Prefeitura de Varginha e da Fundação Cultural em homenagem ao Dia Nacional do Livro Infantil, que começou na última segunda-feira (01/04) e prossegue até o dia 26 na Biblioteca Pública.
Segundo a bibliotecária Eliana Costa, responsável pela organização, “nossa programação contempla todos os públicos com um propósito: mostrar a importância do livro infantil na formação cultural e intelectual. Ficamos muito felizes com esta tarde cheia de alegria proporcionada por essas pessoas que viveram tantas experiências e tem muito a nos ensinar. Eles deram um show de vitalidade”.
“Eu amei! A gente virou criança de novo. Foi uma experiência muito boa e que vou passar para a minha netinha de 8 anos quando eu brincar com ela de boneca e de escolinha”, disse Elisa Bertoli, que no próximo dia 16/04 completa 70 anos.
Cristina Maggiotti, que a orientadora social responsável pelo CCI, comemorou a iniciativa. “Foi emocionante! A gente lembra da infância e vamos passar para os nossos netos hábitos de leitura que deve começar na infância”, destaca Cristina.
O diretor-superintendente da Fundação Cultural, Lindon Lopes, ficou muito feliz com a iniciativa, pois conhece de perto o trabalho desenvolvido no CCI. “Em 2015, promovi uma série de atividades com os idosos atendidos lá. Conheço bem a vitalidade deles e vê-los assim se divertindo e conhecendo coisas novas é gratificante na programação desenvolvida por nós da Fundação e da Biblioteca”, ressaltou Lindon Lopes.
Os bolinhos de chuva, com um toque de açúcar e canela, e um cafezinho bem quente adocicaram ainda mais o fim de tarde, que teve ainda sorteio de filhos infantis. Saiba mais sobre a programação em www.varginhacultural.com.br.
Cultura
VIAGEM DE ELÓI MENDES À APARECIDA

Eis que aponta no fim da rua o farol,
4 horas da manhã, estrelas no céu,
Do único veículo naquele momento,
Era o tão esperado carro de aluguel.
Bom dia, bom dia, malas no bagageiro,
O dia será longo, 12 horas de viagem,
E não esqueçam essa sacola amarela,
Não pode faltar nada nessa bagagem.
Varginha ficamos a esperar o trem,
Que demorou um pouco a chegar,
Desci e encostei o ouvido na linha,
Me disseram que dava pra escutar.
Já dentro do trem e acomodado,
Virei o banco da frente para trás,
Para ficar mais bem instalado,
Sempre olhando para meus pais.
Começou o “fuk, fuk” da locomotiva,
E o “piuí” da famosa Maria Fumaça,
Agora vamos contando as estações,
De cada cidade por onde ela passa.
Flora, Três Corações e São Tomé,
Conceição do Rio Verde, Soledade,
Aí o sol já estava alto e quente,
Minha fome já virou ansiedade.
O chefe já passou com seu boné,
Picotando as nossas passagens,
Deu boas vindas para a família,
Nos desejando uma boa viagem.
Então eu perguntei pela matula,
A barriga já começava a roncar,
Mãe me deu pastel de mandioca,
Aí matei quem queria me matar.
Que horas vamos chegar no túnel?
Eu perguntava quase toda hora,
“Após Passa Quatro e Pé do Morro,
Estamos bem perto, não demora”.
“Fechem os vidros” avisa o chefe,
O túnel, era uma grande façanha,
Divisa entre Minas e São Paulo,
Passando por baixo da montanha.
Em Cruzeiro fim do primeiro trecho,
Descemos da Rede Mineira de Viação,
Esperamos o Comboio Rio/São Paulo,
Um novo Trem de Aço de alto padrão.
Cruzeiro a Aparecida uma horinha,
As 16h desembarcamos na estação,
Os “cata clientes” nos abordavam,
Mas meu pai, não era bobo não.
Já tínhamos nosso destino certo,
Era o Hotel Brasil já acostumado,
Onde Seu Alfredo era o gerente,
Já estava tudo bem combinado.
Após instalados, as novidades,
Muitas lojas com quinquilharias,
As vitrines cheias de santinhos,
Ali bem em frente à hospedaria.
Os fotógrafos “lambe-lambes”,
Mil novidades eram exibidas,
Televisão eu nunca tinha visto,
Vendo pela primeira vez na vida.
Depois fomos até à Igreja Velha,
A nova ainda não era construída,
Assistir à nossa primeira missa,
Agradecer à Senhora Aparecida.
As luzes para mim estranhas,
Com uma claridade diferente,
Uma forte iluminação branca,
As tais lâmpadas fluorescentes.
Já mais à noite, fomos ao parque,
Vimos uma coisa muito esquisita,
Mulher que tinha corpo de aranha,
Mas com uma feição muito bonita.
Visitamos a Conga, mulher Gorila,
Que me deixou muito assustado,
Quando no fim da transformação,
Escapou e veio para o meu lado.
Dia seguinte outra aventura,
Fomos de bonde até Guará,
Visitamos a gruta de Lourdes,
Onde o povo ia também rezar.
Retornamos no terceiro dia,
Eu já estava mesmo cansado,
Levando algumas recordações,
E despertadores encomendados


Cultura
BAIRROS DO MUNICÍPIO DE ELÓI MENDES

Situada no topo de uma colina,
Lá está minha pequena cidade,
ELÓI MENDES terra querida,
Sempre me deu muita felicidade.
Seu território urbano é simples,
Mas a zona rural é interessante,
Subdividida por muitos bairros,
Com nomes muito intrigantes.
Os nomes estranhos dos bairros,
Sempre me chamaram a atenção,
Tem alguns que eu até entendia,
Outros, mesmo com esforço, não.
Tem um local chamado ONÇA,
Não posso imaginar o por quê,
Havia lá umas onças pintadas?
Alguém pode me esclarecer?
BUENOS, PINTOS e PEREIRAS,
Eu posso imaginar os fatores,
Devem ter sido nomes dados,
Por seus primeiros moradores.
ÓLEOS, JARACATIÁ e PEROBAS,
São outros fáceis de entender,
Nomes de madeiras e plantas,
Que naqueles locais devem ter.
Também AÇUDE e CERÂMICA,
Muito fácil de ser explicado,
Coisas feitas pelos homens,
Que ali estavam instalados.
BARRA, bairro muito popular,
Ricos fazendeiros habitam ali,
Gente que gosta de trabalhar,
Junção dos rios Verde e Sapucaí.
SALTO é um bairro pequeno,
E me trás muitas lembranças,
Ali nadávamos e pescávamos,
Nos bons tempos de criança.
Deve o nome a uma cachoeira,
Que no passado ali existiu,
Depois um dia desapareceu,
Com o represamento do rio.
Com a advinda da represa,
A cachoeira foi eliminada,
Perdeu a sua exuberância,
E deixou de ser visitada.
Em alguns períodos de seca,
Ela, às vezes vem se mostrar,
Mas a chuva enche a represa,
Ela some e demora a voltar.
MORCEGO, não encontrei nada,
Mas é uma região muito querida,
Onde a vida toda frequentei,
Lá onde minha mãe foi nascida.
Nunca vi nenhum bicho por lá,
O povo de lá não é preguiçoso,
Não tem nada que justifique,
Esse codinome tão horroroso.
SERRINHA o próprio nome diz,
Formação geológica da terra,
Com muitas pedras irregulares,
Vulgarmente chamada de serra.
Alguns nomes que descobri,
Tem influência de Portugal,
MALHADA e MALHADINHA,
Minha saudosa terra natal.
Produzem vinhos e azeites,
São lugares interessantes,
Influenciaram minha terra,
Tão longínqua, tão distante.
E para minha grande surpresa,
No rótulo do vinho MALHADINHA,
Adivinhem o que eu encontrei?
O desenho de uma vaquinha.
Nasci me criei na MALHADA,
Vivi dez anos de minha vida,
MALHADA soa como música,
Por mim, jamais esquecida.
MOMBUCA palavra Tupi Guarani,
Significa tipo de abelha ou raça,
Elas não armazenam mel em favos,
Elas colocam em pequenas cabaças.
AQUENTA SOL também de Portugal,
Encontrei nos sonetos de Camões,
O Calor do Sol que a cada um cabe,
É o significado dessas expressões.
TRIUNFO a fazenda do Barão,
Até hoje ostenta o belo nome,
Lugar marcante do município,
Por ter sido do grande homem.
Antes o nome era escrito com PH,
E ainda hoje é muito respeitado,
Tamanho e peso do belo nome,
E de quem por ele fora batizado,
Significa sucesso ou grande êxito,
Tem tudo a ver com o venerado,
Que sempre foi um bom político,
E após, como Barão condecorado.
POCINHO é um bairro novo,
Fica bem pertinho da cidade,
Deve ter sido um temporal,
Que nomeou tal localidade.
SÃO DOMINGOS outra incógnita,
Não sei por quê é chamado assim,
O Santo tem origem europeia,
Isso é tudo que eu descobri.
CÓRREGO RICO origem portuguesa,
Tem tudo a ver com o nosso ouro,
Que n’algum córrego encontrado,
Daqui depois, levavam o tesouro.
COBERTORES não faço ideia,
De onde esse nome surgiu,
Mas o bairro ainda lá existe,
Próximo do encontro dos rios.
CAPETINGA é palavra indígena,
“Capim branco” é o significado,
Provavelmente lá existe muito,
E por isso, esse nome foi dado.
CAFUNDÓ esse nome estranho,
Significa “lá no fim do mundo”,
Na verdade não é tanto assim,
Perto do MORCEGO, bem no fundo.
PINDAÍBAS, falta de dinheiro?
Nesse caso aqui, não é não,
Trata-se de árvore frutífera,
Nome de um bairro da região.
A PINDAÍBA produz um fruto,
Muito parecido com o Araticum,
Frutifica em Março Abril e Maio,
Se um dia puder, vou comer um.
Ainda tem o Bairro da BOMBA,
O bairro das PITANGUEIRAS,
PINHÃO ROCHO no canto sul,
E a rica região dos MOREIRAS.
A BOMBA manda água pra caixa,
Dá pitangas nas PITANGUEIRAS,
PINHÃO ROXO dá muitas pinhas,
Perto da fazenda dos MOREIRAS.
SAPUCAY o rio mais caudaloso,
Pesquisando também descobri,
De onde vem esse nome estranho,
Significa GRITO em Tupi Guarani.
Fazenda do OLHO D’ÁGUA,
Nome dado a uma linda região,
Deve-se a uma grande nascente,
Que banha parte daquele chão.
Certamente esqueci alguns,
Faz 50 anos que de lá saí,
Se alguém puder me ajudar,
Manda que acrescento aqui…


Cultura
Audiência Pública em Elói Mendes vai discutir problemas com fornecimento de energia

A Câmara Municipal de Elói Mendes convida toda a população para participar de uma Audiência Pública que tratará da falta de energia elétrica na Comunidade da Barra e dos demais problemas relacionados aos serviços prestados pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) em todo o município.
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O evento acontecerá no dia 20 de fevereiro de 2025 (quinta-feira), às 16h, no Clube Municipal de Elói Mendes. A Audiência tem como objetivo ouvir a população, debater soluções e cobrar providências da concessionária de energia.
Moradores da Comunidade da Barra têm relatado frequentes quedas de energia e dificuldades no atendimento prestado pela CEMIG. Além disso, outros bairros e regiões do município também enfrentam problemas similares, afetando comércios, serviços e a qualidade de vida da população.
A presença da comunidade é fundamental para que as reivindicações sejam formalizadas e encaminhadas às autoridades competentes. Participe e ajude a buscar soluções para melhorar os serviços de energia em Elói Mendes.
Fonte: Câmara Municipal de Elói Mendes
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