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À espera de um ponto final

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Paiva Netto

Não há como fugir do tema étnico. Contudo, devemos enfrentar os nossos desafios, analisando com muita parcimônia as diferenças culturais existentes em cada nação no que tange aos conflitos raciais. Vejamos o exemplo dos Estados Unidos: primeiro, é preciso conhecer um pouco do passado recente norte-americano para perceber que lá a cor da pele ainda influencia na escolha do colégio do filho, do bairro em que se mora, dos relacionamentos afetivos, enfim, do convívio social de um modo amplo. Daí a vitória de um afro-americano para o posto mais alto dos EUA ter merecido tamanho destaque no mundo: o advogado Barack Obama foi o 44o presidente do país de 2009 a 2017.

É nesse aspecto que volto os olhos para o Brasil: Após a eleição dele, indaguei na imprensa: E Obama cá? Sim, pois, contrariamente ao que muitos pensam, a força de uma nação está na mistura das etnias, nesta miscigenação abençoada que faz do brasileiro um povo aguerrido e trabalhador. Nomes não faltam. Basta citar Nilo Peçanha (1867-1924), tido como o primeiro e único negro a governar o nosso país, por dezessete meses. Mas essa compreensão precisa ter visibilidade concreta no dia a dia. Quando veremos, por exemplo, mulheres e homens afrodescendentes, em larga escala, nas mais destacadas posições da sociedade? É uma interrogação a espera de um ponto final favorável a todas as etnias.

Saída ideal para o Brasil

Em O Capital de Deus, um de meus próximos lançamentos, no capítulo “Nações anglo-saxônicas e miscigenação”, relembro que, ao ser entrevistado pelo radialista Paulo Vieira, no programa “Jesiliel e os seus sucessos”, na Rádio Estéreo Sul, de Volta Redonda/RJ, em 5 de abril de 1991, expressei ponto de vista que defendo desde a minha adolescência:

Uma saída para o Brasil começa pela necessidade de confiar nele próprio. O dia em que deixarmos de nos restringir ao simples status de copiadores e pararmos com essa conversa de que nosso país é assim por ser resultado de uma miscigenação de negros, europeus e índios, nos levantaremos do “berço esplêndido” e não haverá ninguém que nos possa esmorecer o ânimo.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

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O milagre das donas de casa

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Paiva Netto

A sabedoria das mulheres não pode ser desprezada, principalmente quando o assunto é a administração dos bens planetários. Nesse sentido, gostaria de recordar-lhes o que afirmei há décadas: homem algum pouco realiza de legitimamente proveitoso em favor da Paz se não contar, de uma forma ou de outra, com a inspiração feminina, sobretudo no campo da Economia, que não pode ser pega no grave crime de esquecer o espírito de Solidariedade. Não há melhor financista do que a mãe de família, a dona de casa, que tem de cuidar do seu, muitas vezes, minúsculo orçamento, realizando verdadeiros milagres, dos quais somos todos testemunhas, desde o mais influente ministro da Fazenda ao cidadão mais simples. É notório que, para aplicar essa ciência ou arte — em que a distribuição dos recursos e das fontes de renda não exclua nenhuma filha ou filho deste grande lar chamado Terra —, a ação da mulher é fundamental.

Exaltar a face cordial da Economia

Um caminho econômico em que sejam garantidas a todos condições dignas de sobrevivência não é pensamento nefelibata. Sempre um bom termo pode surgir quando os indivíduos nele lealmente se empenham. Bem a propósito este ilustrativo aforismo do padre português Manuel Bernardes (1644-1710), autor de Pão partido em pequeninos: “Com bom regulamento pode até o pouco bastar para muitos; sem ele, nem a poucos alcança o muito. Todo excesso, nos particulares, causa, no comum, penúria. De dois que estão no mesmo leito, se um puxa muito a coberta para si, é forçoso que o outro fique descoberto”.

De maneira alguma estou propondo que as migalhas que caem das mesas fartas sejam a base da existência dos que vivem na miséria. Não falo de sobras; porém, da consciência honesta, que não pode eternamente admitir que o seu bem-estar permaneça estabelecido sobre a fome dos deserdados. Isso é Evangelho puro de Jesus; é a essência da mensagem dos Livros Sagrados e da Regra de Ouro das mais diversas culturas; é a voz de tantos notáveis, religiosos ou ateus, que não podem conceber que, no terceiro milênio, ainda haja populações submetidas à pobreza num planeta construído pela Bondade de Deus.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

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Aritmética da destruição

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Paiva Netto

A aritmética da destruição do meio ambiente é paradoxal: a humanidade cria armadilhas contra si mesma e depois atribui ao “poder arbitrário” de Deus ou ao destino as catástrofes globais que ocorrem. Está em nós a capacidade de conservar a vida.

Nosso brado é este: Educar. Preservar. Sobreviver. Humanamente também somos Natureza.

P.S.  Claro que sou a favor do progresso. Sem ele, estaríamos no tempo da pedra lascada. Entretanto, que ninguém se iluda. O progresso humano tem sido, cada vez mais, o da destruição, por causa da desvairada gana de acumular dinheiro e poder. É a luta pelo domínio do planeta, custe o que custar. E vai custando milhões de vidas dos preciosos filhos de Deus.

Aritmética da sobrevivência

É notório que o instinto humano de sobrevivência nos recomenda um desenvolvimento econômico solidário e sustentável, que a todos inclua. Meta ousada, que requer adesão geral.

Se bem esclarecido e educado desde o berço, qualquer um pode colaborar. Imaginemos uma família. No início de sua formação, os responsáveis abastecem o lar, proporcionando alimento, educação, vestimentas etc. aos filhos, netos, sobrinhos, enteados, irmãos, primos. Contudo, até as crianças, quando devidamente instruídas, prestam expressivo serviço à economia da casa. Pequenos gestos, como não deixar a luz acesa desnecessariamente nem a torneira aberta durante a escovação dos dentes, fazem grande diferença. Para visualizar o excelente resultado dessas medidas simples, basta somá-las ao total de residências no planeta. Teremos, assim, uma boa iniciativa e mais bilhões de outras.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

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Sobrepujar a Dor

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A sabedoria antiga revela que as criaturas humanas podem expressar sua melhor capacidade justamente pela atitude que têm diante da Dor.

Especialistas do comportamento humano concordam que, em situações adversas, quando o sofrimento nos surpreende de maneira tão cruel, a superação requer postura de coragem. Deixar de lado sentimentos de angústia e revolta é igualmente indispensável.

Aos que acreditam em um poder superior, na Eternidade, de forma geral, a provação é mais prontamente aceita, enfrentada e vencida. Contudo, mesmo os céticos podem encontrar energia construtiva para dar novo sentido às suas existências. Temos, por exemplo, a Caridade, o auxílio ao próximo, como emblemática ferramenta de reconstrução de nossa própria felicidade.

Não temer os desafios

A crise é o teste da inteligência. A luta instiga o nosso valor. Por que temer os desafios? É a maneira escolhida por Deus para premiar a nossa capacidade. E qualquer vitória no campo espiritual e físico exige sacrifício.

Vitória ao alcance

Ninguém pode sentir-se derrotado antes mesmo de tentar o sucesso. Refletindo a respeito do estado de espírito que devemos manter, de forma que tornemos realidade as boas metas que estabelecermos para a nossa existência, concluí: todas as vitórias estão decididamente ao nosso alcance pela força do nosso próprio e valoroso trabalho. Portanto, de nossa criatividade diligentemente bem aplicada. Administrar é chegar antes!

O negativismo atrasa o progresso

É indiscutível que a conduta psicológica negativa de lideranças e liderados não contribui em nada para o crescimento social das populações. Estou com o escritor, professor e pastor metodista norte-americano William Arthur Ward (1921-1994) quando diz: “O pessimista queixa-se do vento; o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”.

Assim sendo, não percamos tempo! Ajustemos as nossas velas e sobrepujemos os vendavais, a fim de concretizar o Bom Ideal que cultivamos. Isso não tem nada a ver com o famigerado “os fins justificam os meios”, atribuído a Maquiavel (1469-1527), autor de O Príncipe. Mas é triste ver alguns pensadores de grande valor, antigos demolidores de preconceitos e tabus, depois de tanta luta, declarar-se desiludidos de tudo. Ora, quando eu era menino, ouvia, na voz dos mais antigos, este conforto de Teócrito (aprox. 320-250 a.C): “Enquanto há vida, há esperança”.

Certa vez, o saudoso Dom Hélder Câmara (1909-1999), arcebispo emérito de Olinda/PE, Brasil, com a sua inata certeza de eras mais felizes para os povos, manifestou-se desta forma: “Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver”.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

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